Há quase cinco lustros, era este o Lima que dava que falar lá para os lados da Luz. Também ele brasileiro, também ele um voraz animal de área. As primeiras impressões não podiam ser melhores. Cromísticamente falando, claro. Uma camisa com um desenho de gosto duvidoso bem abotoadinha até ao topo e um corte de cabelo que pedia meças ao MC Hammer falaram mais alto que o optimismo cândido de Lima. Mas Gabriel, o Mestre Gabriel a viver tempos de hegemonia comentarista, é que foi o verdadeiro mestre de cerimónias neste caso. Incisivo nas perguntas, directo na abordagem, entrou logo a pés juntos no futebol falado cheio de rodriguinhos pueris de Lima. E Lima, perante a tentativa de Gabriel em conter a sua superior risada, lá disse que na pequena-área desenrasca-se como pode, mas que gosta de jogar acompanhado e de usar o pé direito. Gabriel então despachou este Lima. Aguardou pela chegada do próximo convidado, o já então célebre e ancião Pinto de Sousa. Vejam então o que fizeram ao Gabriel Alves, ao supremo Mestre Gabriel dos velhos tempos. Não se faz.
1 comentário:
Fantástico. Fiquei fã deste blogue
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